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Escolaridade e Gestantes

Numa jornada de descoberta e escolhas íntimas, o parto domiciliar emerge como um caminho escolhido por muitas gestantes, revelando não apenas uma preferência pessoal, mas também um espelho das suas trajetórias de vida e educação. Em 2019, mergulhamos na análise de quem são essas mulheres que optam por trazer suas crianças ao mundo no aconchego de seus lares. Os resultados são um fascinante mosaico da diversidade educacional.

A protagonista deste cenário é a gestante com Ensino Superior completo, representando 583 mulheres que, munidas de conhecimento e confiança, decidem por um parto domiciliar. Estas mulheres, muitas vezes vistas como as guardiãs de uma escolha informada, representam a maior parcela do nosso estudo. Elas são seguidas de perto por 511 valentes que concluíram o Ensino Médio, demonstrando que a decisão pelo parto domiciliar atravessa diferentes níveis de educação.

Ao adentrarmos mais na teia de escolhas, encontramos 280 mulheres com Ensino Médio incompleto, 222 com o Ensino Fundamental II completo e 206 com o mesmo nível, porém incompleto, todas elas tecendo suas próprias narrativas de autonomia e preferência. Surpreendentemente, mesmo entre aquelas que enfrentaram interrupções em seu percurso educacional, a determinação para um parto domiciliar se mantém firme.

A história se diversifica ainda mais com 92 gestantes de Ensino Superior Incompleto, 38 com Fundamental I completo, e outras que, apesar dos desafios ou da falta de acesso à educação formal, escolhem este caminho: 25 com Ensino Médio Incompleto ou Inespecífico, 23 sem escolaridade, 20 com Fundamental I Incompleto, e 13 com Fundamental II Incompleto ou Inespecífico.

Neste levantamento, até mesmo os silêncios falam – os 4 casos não informados ou ignorados são um lembrete das histórias não contadas ou das jornadas interrompidas.

Cada número, cada mulher, conta uma história de escolha, de esperança e de um novo começo. O parto domiciliar, escolhido por gestantes de todos os estratos educacionais, reflete uma busca por um parto respeitoso e significativo, demonstrando que além das estatísticas, existem sonhos, desejos e a busca pela melhor entrada possível de uma nova vida neste mundo.

Neste tecido de vidas entrelaçadas, a escolaridade desempenha um papel, mas não define o desejo pelo calor e pela intimidade de um parto domiciliar. Estas são histórias de mulheres que, independentemente de seu nível educacional, compartilham um desejo comum: dar à luz do seu jeito, no seu espaço, cercadas por amor.